sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Infame (ao som de Bernardo Sassetti)

No meio das minhas impressões

Desvendei más ideias e sensações

Tristes oportunistas compaixões

Periódicas ilusões contraditórias

Sonoros mórbidos avassaladores

Recalcam-me a consciência

“...Irra...”

Já não tenho paciência

Apago e acendo cigarro atrás de cigarro

Escrevo e rasgo

Vazo por encher o copo

Vem aí mais um naufrágio

Repleto de egoísmo

Contrabando de cinismo

Inalado em mau estado

Prego no sítio errado

A casa está cheia de angústia

Num corpo vazio á deriva

Onde a vida pouco ou nada me alísia...

"Assis Manuel Branco"

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

U.S.A e o resto do mundo (obrigado)

para quem "me lê" apartir dos U.S.A e tambem do resto do mundo aqui fica o tal abraço!

comuniquem mabranco88@hotmail.com

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Vidas"

…Uma vida agitada e tentadora

Com uma rotina avassaladora

De quem insiste na dependência

Dum traço amargo

E que ele fica escravo…

"Todos" (parte I)

Todos são heróis no seu auge, do alto da sua fortaleza

Todos, grandes e nobres de frente defrontam

Todos os malefícios e superam diante de

Todas as maiores adversidades do clima

Todos são isto e aquilo que de aquilo nem isto têm

Mas que no entanto são a mais dos de mais que se acham demais...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Tanto Tempo

É que eu passo

Tanto tempo á tua espera

Quem me dera

Que o tem passa-se

Mas se o tempo passa

Fico mais velho na raça

E se for o caso disfarça

Já não tem graça

Não demores tanto tempo

Eu ajudo

Empurro a areia

Da ampulheta

A cerveja preta

Já vai “tando” no fim

E nem sinal ti

Não demores

Já estou a ficar velho

E já nem a tua voz ecoa

Porque o tempo não perdoa

E passa de mais

Posso perder a energia

Do abraço

Que conhecias

Antes de eu pedir

P’ro tempo passar

Não demores já estou a “anhar”

Vem depressa

No regresso

É só isso que eu peço

Já não suporto esta solidão

De dividir o colchão

Com o frio

O recheio da nossa casa

Hoje é o vazio

Que intimida

Na dormida

Agarrado á almofada

Não demores minha fada

Porque só a fotografia

Não sossega a agonia

E eu vou contando

No dia-a-dia

As horas que não passam depressa

Nem as minhas preces apressam

Nem aceleram

O relógio está armado em “cabrão”

Mas já nada é lógico

Nem a tua vinda

Quanto mais o teu regresso…

"Assis Manuel Branco"

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"A minha ignorância XXL"

"A minha ignorância XXL"

Vesti por breves momentos

A camisola da ignorância

No seu tamanho XXL

Puni num estereótipo

Avaliado pela aparência

Forma de estar, vestir e falar

A quem se dava

E com quem se dava

A forma como dança

Também contava

Predefini a ideia

De ser oca

Onde só o vestuário sobressaía

E a ilusão do “chique”, bem-bom

E bonito

A contagia

Irrisório como dez minutos

E dois olhares

Tomam toda esta visão

Mais absurdo

Ainda

Foi o “estaladão” que levei sem mão

Quando nada disto redigido

Se transporta para o acontecido

Afinal é muito mais emotiva.

De oca tem pouca

Ao contrário, pica

A escrita num incentivo

Num contacto de motivação

De quem lê com atenção

Questiona e debate!

Dá-me a sensação dum tom irritado e raivoso

“…porque guardas as cenas para ti?...”

“…dá-te ao mundo…”

Fiquei boquiaberto

Nunca por nunca

Predefini tal ideia

De garra, querer e ambição

Fiquei completamente sem chão

Perante tal reacção

Senti-me absurdo

Ridículo

E convicto

De que por vezes a minha ignorância é XXL…

“Assis Manuel Branco”

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Enganei o Ego

Enganei o ego
Esmaguei a história
Dr. viva a IN-glória
Redigida e mal entendida
Quereis dormida?!
Abriga-te no chão
Tiveste tudo na mão
Desperdício reparas tu
Tarde demais
Para meros mortais
Acaricia as pedras da calçada
São suaves como o veludo
Deliciosas como a seda
Que embebeda
A luxúria
Agora sim a vida é dura
Onde está a dureza
E a virilidade do ser
Quem te der ter
Não era?!
O tempo foi-se
Quereis uma ajuda?!
Dou-te a foice
Essa de certeza te entrega a eternidade
Sem mágoa nem rancor
Ai tens toda a liberdade
Agora vá…
Envenena-te á vontade
Sem estragares de outros a felicidade
Agora sim tens tudo o que querias nas mãos!
Chuta com força
Empurra-te com força
“Esmifrate” com força
Nessa minha cabeça oca…
No entanto
De pouco e de nada
Sempre se vai tendo alguma coisa
Nem que seja sarna para nos coçarmos
Nem isso chega
Quando a comichão é tanta
E as unhas são tão profundas
Para perfurar as veias
Derramadas pelos Contentores
Com narinas aguçadas
Cheirando lixo de enfiada
De garganta seca
E amarga
A língua completamente esturricada
Solta a fumaça amaldiçoada
Pois quando deres por ti
Tens a cabeça repousada
De alma leve e elevada
Com a carne já pesada
Entre a madeira
E alguns metro de cetim branco
Que te cobre sem eira nem beira
Na perspectiva dum retrato em caveira
Culpa tua
Fizeste da vida um torneio
Pois só quem te presta homenagem

É um humilde coveiro…




Assis "Manuel" Branco

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Manuscrito

...Digamos que a subsistência do meu compasso
É sem dúvida ridícula ao tamanho do teu fracasso.
Torno-me desagradavel e insurrecto, burro e intolerante
Inconstante quando crio obstáculos num paradoxo
Entre o parecer bem e o mau aspecto
De todo este absurdo
Manuscrito…

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Quero Conexões Perfeitas

Quero Conexões Perfeitas

Quero a conexão perfeita do mar e da areia

Da calçada e das suas pedras

Quero a conexão perfeita do avô e do neto

Da goma e do miúdo

Quero a conexão perfeita do professor e do aluno

Da matéria e do cientista

Quero a conexão perfeita do jornal e do jornalista

Da zebra e da risca

Quero a conexão perfeita do pintor e da tela

Da música e do ouvido

Quero a conexão perfeita do beat e da rima

Da sebenta e da caneta

Quero a conexão perfeita do livro e da estante

Da almofada e da cabeça

Quero a conexão perfeita do poeta e da poesia

Da langeri e da mulher

Quero a conexão perfeita do teu perfume e do meu nariz

Da minha boca e do teu sabor

Quero a conexão perfeita

De “eu” e “tu”

“Assis Manuel Branco”

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Frente a Frente

Frente a frente o ridículo cai no inverso

Estou possesso com o começo

Tenho apresso ânsia e rebeldia

Sr. Sorria…

Isto é só um achego

porque ainda não sei se chego

Estarei sempre

Aqui estarei...

"Assis Manuel Branco"

Como?!

Como?!

Como lutar?!
Será que existe uma maneira certa?!

Como chegar?!
Será que existe um caminho certo?!

Como reagir?!
Será que existe uma reacção certa?!

Como limitar?!
Será que existe um limite certo?!

Como lidar?!
Será que existe uma lidação certa?!

Como se faz?!
Será que existe uma maneira certa de fazer?!

Como se pergunta?!
Será que existe uma maneira certa de perguntar?!

Como concluir?!
Será que existe uma maneira certa de concluir?!

Como?!, como?! e mais como?!

Não sei…


“Assis Manuel Branco”

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dia de Escrever

Dia de Escrever

Hoje é daqueles dias que se pudesse passava o dia inteiro a escrever Tenho tanta coisa para despejar cá para fora que se não o fizer a minha cabeça fica á nora Tantas questões perguntas emoções sensações inquietudes Apontar as minhas falhas e erros e valorizar algumas virtudes Hoje se passasse o dia a escrever tenho a certeza que este desassossego acabaria e que seria uma vais valia em todas as minhas vertentes Libertava os fantasmas da minha cabeça e com certeza que aumentava o meu reportório de letras e rimas Passar o dia todo a escrever era só o que queria sinto essa necessidade de absoluto isolamento Mas não posso estou simplesmente ocupado demais a etiquetar livros e jornais O trabalho nem é doloroso mas tanta acalmia torna-o penoso Vou ter de pousar a caneta e largar o papel Não me apetece nada mesmo nada Pois este desabafo de mim para mim é bom é doce é puro mel Mas antes de ir deixo aqui um breve apontamento de uma poetisa que encontrei quando estava no “etiquetamento” De seu nome Maria Isabel Covas Lima de Carvalho que escreveu A Saudade

A Saudade

Bendita sejas saudade,

Que me fazes recordar

O tempo da mocidade

Quando a vida se resume

Em rir, amar e folgar

Sem sentir dor, nem queixume!

Sempre ligada ao amor

Tu estás sempre presente

Nas cinzas d’amor extinto

Na chama d’amor ausente.

“Maria Isabel Covas Lima de Carvalho”

"Assis Manuel Branco"

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

treZe

13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 ...m... 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13...m...

13 linhas 13

Eu criei 13 ambições

Nas mesmas 13 residem 13 frustrações

Revejo 13 dias 13 Marcados em 13 paginas

Das minhas 13 vidas Já vi 13 partidas

Sem 13 regressos Fiquei 13 vezes possesso

Outras 13 embaraçado Com 13 abraços dados

Agora são 13horas num dia13 sem o 13ºmês

Passaram 13 minutos e nem vi os 13 segundos

Nunca ouvi menos de 13 vezes que não, “não gosto de ti”

Mas também nunca ouvi mais de 13 vezes sim, “eu gosto de ti”

Dei por mim com 13 sonhos a subir 13 degraus

Tive a azar das 13 vezes que passei por baixo de 13 escadas

Conclusão, foram só 13 mossas!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Fantastico

Sou um bruto dum poeta analfabeto

Que mal trata a língua portuguesa

Pois em cada 13 frases que escrevo

Escrevo 13 palavras mal

Mal não no seu sentido

Mas sim na conjunção das 13 letras redigidas

Porem adoro conjuga-las no final

Com a mesma entoação

Ou o mesmo som literário que as define sinfonicamente

O “metafísico” de cada uma delas

E a sua exuberância são fascinantes

Tão fascinante que me fascina

A destreza da sua expressão

E esta forma comum e invulgar

Como só alguns as conseguem desenhar

Recordo

Foram tão poucas

As demonstrações

Tão poucas, de carinho e afecto que obtive

Mas tão poucas que só me recordo

Dos pedaços de ingratidão que recolhi

Não me recordo de ser recordado louvado

Amado abençoado e penso se isso algum dia me ocorreu

Paranóia talvez, não sei, mas foi assim

Que recordei não ter sido recordado

A Morte Já é Velha

A morte percorre os bancos “velhos”

“Velhos”, já cansados é espera

Que tal sorte os limpe deste mundo

Os mesmos que trabalharam a ceifa

Os mesmos que guardaram o pasto

E alimentavam rebanhos negros

E se fartaram quando em 74 se uniram

Esquecidos por uns

Lembrados por, outros,

Fumam o tempo, esses, bancos “velhos”

Esquecidos perdidos onde só a morte os acha.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

" Será possivel "

Será possível numa batida compassada a um ritmo certo

Desenvolver num jogo de palavras a construção duma Penopolis Poética

Debitada a uma velocidade também ela compassada

Com um folgo suficientemente controlado

A fim de tudo o que se diz ser decifrável

Enquanto se conjugam verbos em todos os pretéritos

Com edições inéditas ao stock existente

De ideias correntes nas veias de um Poeta de calçada

Que visiona uma harmónica melodia

Capaz de provocar um efeito que contagia

A uma audição estupefacta

Pela novidade de um êxtase inovador

Duma crença desmedida capaz de fazer

O senhor Camões Saramago Ary dos Santos e Pessoa como também a senhora Sofia

Darem voltas no seu descanso eterno com uma euforia tamanha

Capaz de quererem eles também

Ser parte deste épico.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

"Gosto em escrever"

Escrevo por gosto…

Gosto pela escrita

Gosto pela caneta

Gosto pelo papel

…gosto por ti!

"Por ti"

Por Ti!

Guardo em mim esta vontade de ti

Guardo só para mim esta vontade de ti

Defino-a, como desejo quando te vejo

Defino-a, como sentimento quando me lembro

De ti, por ti, em ti e só a ti…

Sonho, por realizar

Sonho por realizar

Duplo sentido que sei que ninguém galou

Sonho de onde não quero acordar

Porque num sonho suponho

A mão que ponho sobre ti

Que transborda um carinho em mim…

…Por Ti!

“AssisManuelBranco”

quinta-feira, 15 de abril de 2010

" O Conhecimento II" (em linha recta)

Eu não sei quem és

Tu não sabes quem eu sou

Eu quero saber quem tu és

E tu…

Queres saber quem sou?!

Um “puto” sentido pelo sentimento que me fez sentir sensações e emoções sem explicações dependentes por vezes penso demasiado em cifrões e na minha cabeça existe ainda muito “se não” por explicar divagar é o “prato do dia” em que cada olhar meu presencia a angústia desta euforia de querer viver cada dia como se não adquirisse um amanha e de manha é difícil despertar pois pôr os dedos dos pés fora do quente da cama faz-mos congelar e assim me deixo ficar a atrasar no fora de tempo que me tornei quando dele necessitei para não me adiar e quando a ele me adiantei para dizer “gosto de ti”...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"Enterrar devaneios e coisas assolapadas"

Enterrar devaneios…

Devaneios e coisas assolapadas têm de ser enterradas para que não me possam acusar de não saber nada do que quero. Mas independente de tudo sempre fui sincero, se o disse foi porque senti, se o fiz foi porque senti, se sorri foi porque senti, se dei foi porque senti que tinha de dar e a mais não era obrigado e voltaria a dizer e a fazer se assim o sentisse.

O primeiro devaneio a ser enterrado é para aquela que hoje me olha de lado. A loira do “qualquer coisa do género” a loira das muitas horas de conversa que era mesmo só conversa, poucas eram as vezes em que a conversa tinha fundamento, poucos eram mesmo esses momentos. Ate mesmo no inicio de travar o conhecimento eu reparei que o aspecto como ela gesticulava a boca e colocava a voz em cada sílaba que dizia era completamente diferente do formato com que ela no dia-a-dia reagia, até eu acabava por dizer só o que ela queria ouvir. No entanto não me arrependo de nada daquilo que fiz mas provavelmente hoje não o voltava a fazer.

O segundo devaneio não pode ser enterrado mas pode ser apaziguado. Esquecido?! Muito dificilmente pois foi vivido muito intensamente, foi sempre olhando em frente e nunca foi medido o perigo que se vivia diariamente quando estávamos frente a frente. Foi no verão quente de 2009 que o verdadeiro M apareceu como desapareceu.

Ultimo devaneio a ser sepultado, digo sepultado para poder dar um ênfase diferente á pessoa que foi, a típica “betinha” que não era betinha que, “nem sei”… “enfeitiço”-me… talvez pela forma como vivia, muito certa e muito louca ao mesmo tempo, tinha um timing perfeito, um pouco marrona é verdade mas era para mim parte duma reabilitação ao mais alto nível.

Perante enterros e funerais, jazigos e sepulturas confesso que a minha cabeça também se sente um pouco mais que aliviada mas provavelmente não adiantará de nada toda esta cerimónia pois se eu continuar só comigo próprio não me importava nada que da primeira á ultima campa uma delas ressuscitasse. Uma mais que outra, mas enfim...

“AssisManuelBranco”

terça-feira, 13 de abril de 2010

“O Conhecimento”

Provavelmente já reparaste que sou um pouco mais ou que tenho um pouco mais que o Q.B de Lunático em mim, e também tenho uma forma de sentir, ouvir e ver diferente do que é normal, não que seja anormal, mas a emotividade e a intensidade com que vivo e que valorizo os momentos dá origem a essa tal diferença ou com um pouco de modéstia, talvez raridade.

E foi isso que aconteceu contigo. A tua “duração” em Castro Verde foi curta, mas foi curta demais para criar em mim, aquele tal frio ou vazio na barriga que caracteriza muitas das vezes um sentimento bom… Puderas tu perguntar a ti mesma qualquer coisa do género como, “…Manel, mas que fiz eu para isso acontecer? …” e poderei eu responder “…muita coisa, Inês…” mas isso seria vago demais e poderia retirar algum valor e brilho aos teus olhos… a tua atitude… á tua conversa e postura… e até mesmo ao contacto, que sem me conheceres de lado algum me puxaste para perto de ti sem qualquer tipo de problema… friso também o bom gosto pela musica e a forma (que sei que houve) como sentiste quando te mostrei aquilo que de melhor sei fazer na vida, a musica e a escrita.

E voltando algumas linhas atrás e reafirmando a parte do contacto, a forma como tu, sem receios nem qualquer tipo de pudor te debruçaste e encostaste a mim. Provavelmente já és assim de natureza e provavelmente estarei eu para aqui a elaborar uma grande tela quando nem pincheis tenho para pintar, mas lá está a minha forma emotiva e intensa de ver e viver os momentos, outrora já chamaram isso de impulsividade descontrolada mas eu não ligo a tais adjectivos e características que outros tendem em caracterizar-me…

Já tu, duraste pouco mas foste longe demais o suficiente para me deixares crente de tudo aquilo a que o lado esquerdo do meu peito sente e a minha escrita não mente.

A isto intitulo de “O Conhecimento”

"Assis Manuel Branco"

quinta-feira, 25 de março de 2010

quinta-feira, 18 de março de 2010

CM's de inspiração

Finalmente encontrei um motivo que motiva toda esta inspiração

Quando dei por ela reparei que tinha um CM tatuado na mão

Era só um M da Musica, um M da Mudança ou um M da vida de Merda que levei

Mas o traço curvo, curvou demais o suficiente e transformou-se na formatação

A culpa é do vivaldi, ora vê (M) ainda tens coragem de dizer que não?!

Vá eu confesso estou só a dar pala, o M também era de Manel

E sabes bem que coro quando sorris e me de chamas pastel

És doce, se calhar até sabes a mel mas por enquanto o paladar é a fel

Mas essa prova, já, não pretendo, eu só quero dar prova do argumento

Quando resgato palavras que pelo tempo foram germinadas

Para que possa concretizar contigo acções nunca antes praticadas

Já te disse, tira a cabeça daí, que não são dessas molhadas

É mais numa a desfilar pelas ruas de mãos dadas bem entrelaçadas

Tardes ao sol na esplanada bem passadas, carinhos e beijinhos numa encruzilhada

Com dicas e rimas baixinhas ao ouvido sussurradas bem apaixonadas

Aproveita e tira a virgula onde tropeças quando julgas que permanece aquela cena assolapada…

(a continuação fica por tua conta CM...)

terça-feira, 2 de março de 2010

vinte e duas linhas

Agarro-me a vinte e duas jardas

O Cardoso emenda “Puto, são jardinhas”

Dizem-me que ainda sou novinho

A mana diz que já estou a ficar velhinho

São vinte e duas comemorações

Outras tantas considerações

São duas formas para festejar

Mas ciente e lúcido é como quero ficar

Arrumei com mortalhas e pacotes

Hoje só quero rimas e dotes

De profeta ou aprendiz

Sempre fiz e aprendi

Tudo ou quase tudo aquilo que quis

Arrisquei, perdi

Lutei, conquistei

Não liguei, apareceu

Valorizei, morreu

Sempre foi assim que aconteceu

São vinte e duas horas

Ao meu lado até coras

Mas eu só quero vinte e duas linhas

Para cantar estas vinte e duas rimas

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

...m...

…M…

…Ai esta vontade que me mata

De querer viver um sonho

Numa realidade á socapa

Por onde passa a história

Ficará sempre na memória

A tua marca a preto na pele, na boca o mel

No olho o (...), no dedo o contorno

Rei sem trono, rainha sem dono

Mulher ideal, mulher do meu sonho

Retorno não suponho, carisma que ponho

Num ser, não qualquer, que venero

Num ser, não qualquer, que quero

Num ser, não qualquer, pelo qual desespero…

"Assis Manuel Branco"

Qualquer coisa dogenero II

Apetece-me dormir…

Aquele “João-pestana” passeia para cima e para baixo hipnotizando-me tal como aqueles cabelos de ouro loiros o fazem. Mas desta vez era diferente o observar dos olhos passou ao tacto das mãos e rapidamente tinha á minha frente aqueles olhos expressivos aquele sorriso lindo, aberto, intenso e fenomenal que me põem bem-disposto e num momento de mais intimidade senti a sua proximidade, o quente dos seus lábios aproximaram-se dos meus sinto o tocar da sua mão suave a acariciar-me a cara e a puxar-me na sua direcção, e o impasse o mergulho profundo era inevitável num oceano de bem-estar e realização pessoal e conjugal num mundo que não era meu mas conquistei-o com uma pinta descomunal, o lugar, o beijo, tudo mas mesmo tudo era tão real…

…quando de repente acordei.

Terça-feira, dia 3 de Março de 2009 durante a madrugada

Qualquer coisa dogenero I

Entrei no La Praça…

Estava disposto a sentar-me, pedir um chá preto com duas pedras de gelo, relaxar um bom bocado depois de uma hora e meia de matéria, mas não, não consegui. Dei por mim num impasse do: “sento-me ou não, sento-me ou não?!” a vontade era demais mas, mas não sei e logo eu um gajo tão decidido e convicto em tudo aquilo que digo e faço mas em fim, aqueles cabelos loiros, longo fazem ondular o lado esquerdo do meu peito, aqueles traços bem marcados e bem desenhados do rosto matam-me completamente. O ritmo cardíaco acelera a uma velocidade impressionante, por momentos pensei que ficava ali mesmo estatelado no chão e aquele impasse continuou. A decisão foi repentina o chá preto passou muito rápido a uma garrafa de agua sem gás, disfarcei o olhar, voltei-te a olhar e sai de fininho sem dar grande estrilho. Na saída espanquei-me a mim próprio por tal atitude pensei ser vergonha mas não pode ser pois já estivemos frente a frente e dialogámos, não muito por ai alem mas não era motivo para eu ter um comportamento daqueles.

…afinal quando te vejo fico sem graça

Quinta-feira, dia 26 de Fevereiro de 2009 pelas 15h:04m

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

3 anos II

A melodia puxa a nostalgia

E eu recordo velhos tempos com alegria

Entre rimas o estrago também presencia

O desperdício de alguns anos na dependência, mas um dia…

Dei a volta por cima, estabilizei o clima

Implementei novas regras e rotinas

Foquei-me no sonho e num só objectivo

E hoje comigo, subo a palco, de mão dada com a lúcida loucura

E da música faço o meu caminho, por onde eu rimo

E por onde passa a história ficará sempre na memória

A gratidão a tudo e todos que me deram a mão

De Lisboa na Memória a Castro Verde na ART

Trago-vos a todos no meu coração…

3 anos I

Sigo num caminho onde rimo

Com maus hábitos já não atino

Inspiro um hino

Que eu próprio defino

Como a minha subsistência

Esta é a minha resistência

Dou-te a equivalência

Dum mestrado da vida

Outrora chamada de coerência

Carrego nas costas a consequência

Virei a página, siga a vivência

Duma ART contemporânea

São hoje três anos duma lucidez um pouco estranha

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

RiscoArriscado

Risco Arriscado

(1ªparte)

Arrisquei-me a fazer a tal viagem

Mesmo sabendo que o tempo era mais que uma miragem

Pois o risco que dei foi o risco que passei

Num bilhete de ida, nunca mais vou ver a volta

A memória está desfocada como retratos de uma velha Minolta

E p’ra me safar tive de dar uma volta 360º

Foi passo a passo degrau a degrau

Até chegar a um topo que é oco

Enquanto o “á viva” permanece nas horas de mais sufoco

Porque um passo em falso pode deitar tudo a perder

Mas o meu compasso é certo e isto faz-me crescer

(2ªparte)

E quando em mim reina a nostalgia

Recordo-me dum olfacto apurado

Que trazia a boca uma paladar amargo

E hoje em dia ainda sinto essa agonia

De noites e madrugadas de “parpalho” na boca e tubo na narina

Era um flash que ainda hoje me fascina

E faz-me com que apeteça quebrar a rotina

E avaliarem um bom passo como banal

E um ou dois errados, pecado mortal

É aquele turbilhão de emoções

Que consegue trazer muitas confusões

Mas eu não tenho nada a temer

Porque o meu compasso é certo e isto faz-me crescer

(3ªparte)

Tu não sabes o que eu passei para chegar até aqui

Tu não sabes o que eu chorei para chegar até aqui

Tu não sabes o que eu me ri para chegar até aqui, as broncas que ouvi para chegar até aqui

Tu não sabes o que eu passei para chegar até aqui

Tu não sabes o que eu curti para chegar até aqui, o que fui humilhado para chegar até aqui

Tu não sabes o que eu passei para chegar até aqui

(som disponivel em myspace.com/reabilitasom)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

nem sei...

Robusto e elevado é o valor teórico
Que preservo por ti
Num fim de tarde de uma expectativa
Contorno largos passos duma positiva
Resposta quando devota alguma confiança
Na crença suspensa dum conhecimento
Debruçados numa mesa vitral
Letra puxa letra numa conversa em espiral
A mente vagueia em formas de conjugal
A terra puxa-me para a realidade local
Mas este paradoxo faz-me debitar o vocal
De uma forma que para muitos é ancestral…

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

...O Desejo...

O Desejo

Seja bem-vinda a esta realidade onde estes parágrafos vão decifrando algumas verdades, sem meias palavras e longe do abstracto, nu e cru irá ser este acto.

Acto de pura destreza como o tamanho da nossa interior beleza. No meio das tuas efémeras palavras compreendi que este desejo não ira passar da minha escrita, mas queria que ficasse bem explicito que tudo isto não pode ser equiparado a qualquer grau de paixão.

É apenas desejo carnal, pura atracção em todas as vertentes, das frias às quentes das decentes às indecentes.

Não posso nem consigo dar-te qualquer tipo de materialismo mas com modéstias á parte este crescente liricíssimo emocional torna-se brutal e sei que nunca ninguém te o disse de forma igual, nem existe ninguém capaz de o fazer porque esta é a minha arte.

No fundo, o desejo transcrito já comunicado…

…"apago" os olhos e lá bem ao fundo oiço o mar a envolver-se na areia, sinto um toque subtil a derramar desejo de uma energia pura e doce nas minhas costas, não me mexo nem faço qualquer tipo de gesto pois sei que tudo isto não passa de um sonho bom…

…e se é um sonho bom…

…para quê acordar?!...

Ao qual a resposta ao “sonho bom” …

…é pelo sonho que vamos! Mas não se vive só desse estado que nos embriaga a alma. Assim como não vivemos só de realidade porque conseguimos pular pró sonho as vezes que quisermos sem medo de cair porque esses… os sonhos bons, levitavam-nos sem limites…

Sem hesitar emiti a minha resposta com um pedido de auxilio…

…quero passar deste sonho para a realidade, ajudas-me?...

Surpreendido fiquei quando li…

…não tenho essa capacidade…

Iniciei um jogo de comparações…

…se tu não saberias como faze-lo, então o sol também deixaria de brilhar os pássaros de cantar e eu de rimar…

A minha resposta não foi astuta, preferi divagar nas comparações, perdi-me nas indecisões, perdi também a oportunidade de especificar uma das minhas intenções. E perante o telefonema desta manhã só queria um toque mais que subtil de uma pele suave que consola a minha alma e acalma esta inconstância e os teus lábios supérfluos que banem por completo este meu nervosismo e a minha impulsividade e elevam-me a um ponto de criatividade tamanha, que da próxima vez que te encontrar vou ficar á espera de os puder tocar para este ultimo épico poder, pelo menus uma vez, concretizar…

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

...

Reticências…

Colocam-se e retiram-se

Afirmam-se e desconfiam-se

Num espaço longe

Num tempo curto

Curto de mais

Interrogáveis por tais

Avanços e recuos

Lembranças e mudanças

De constâncias e inconstâncias

Esperar por um incerto

Só assim está certo

Correcto é aguardar

Onde nada mais me resta do que sonhar…