quarta-feira, 14 de abril de 2010

"Enterrar devaneios e coisas assolapadas"

Enterrar devaneios…

Devaneios e coisas assolapadas têm de ser enterradas para que não me possam acusar de não saber nada do que quero. Mas independente de tudo sempre fui sincero, se o disse foi porque senti, se o fiz foi porque senti, se sorri foi porque senti, se dei foi porque senti que tinha de dar e a mais não era obrigado e voltaria a dizer e a fazer se assim o sentisse.

O primeiro devaneio a ser enterrado é para aquela que hoje me olha de lado. A loira do “qualquer coisa do género” a loira das muitas horas de conversa que era mesmo só conversa, poucas eram as vezes em que a conversa tinha fundamento, poucos eram mesmo esses momentos. Ate mesmo no inicio de travar o conhecimento eu reparei que o aspecto como ela gesticulava a boca e colocava a voz em cada sílaba que dizia era completamente diferente do formato com que ela no dia-a-dia reagia, até eu acabava por dizer só o que ela queria ouvir. No entanto não me arrependo de nada daquilo que fiz mas provavelmente hoje não o voltava a fazer.

O segundo devaneio não pode ser enterrado mas pode ser apaziguado. Esquecido?! Muito dificilmente pois foi vivido muito intensamente, foi sempre olhando em frente e nunca foi medido o perigo que se vivia diariamente quando estávamos frente a frente. Foi no verão quente de 2009 que o verdadeiro M apareceu como desapareceu.

Ultimo devaneio a ser sepultado, digo sepultado para poder dar um ênfase diferente á pessoa que foi, a típica “betinha” que não era betinha que, “nem sei”… “enfeitiço”-me… talvez pela forma como vivia, muito certa e muito louca ao mesmo tempo, tinha um timing perfeito, um pouco marrona é verdade mas era para mim parte duma reabilitação ao mais alto nível.

Perante enterros e funerais, jazigos e sepulturas confesso que a minha cabeça também se sente um pouco mais que aliviada mas provavelmente não adiantará de nada toda esta cerimónia pois se eu continuar só comigo próprio não me importava nada que da primeira á ultima campa uma delas ressuscitasse. Uma mais que outra, mas enfim...

“AssisManuelBranco”

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