Risco Arriscado
(1ªparte)
Arrisquei-me a fazer a tal viagem
Mesmo sabendo que o tempo era mais que uma miragem
Pois o risco que dei foi o risco que passei
Num bilhete de ida, nunca mais vou ver a volta
A memória está desfocada como retratos de uma velha Minolta
E p’ra me safar tive de dar uma volta 360º
Foi passo a passo degrau a degrau
Até chegar a um topo que é oco
Enquanto o “á viva” permanece nas horas de mais sufoco
Porque um passo em falso pode deitar tudo a perder
Mas o meu compasso é certo e isto faz-me crescer
(2ªparte)
E quando em mim reina a nostalgia
Recordo-me dum olfacto apurado
Que trazia a boca uma paladar amargo
E hoje em dia ainda sinto essa agonia
De noites e madrugadas de “parpalho” na boca e tubo na narina
Era um flash que ainda hoje me fascina
E faz-me com que apeteça quebrar a rotina
E avaliarem um bom passo como banal
E um ou dois errados, pecado mortal
É aquele turbilhão de emoções
Que consegue trazer muitas confusões
Mas eu não tenho nada a temer
Porque o meu compasso é certo e isto faz-me crescer
(3ªparte)
Tu não sabes o que eu passei para chegar até aqui
Tu não sabes o que eu chorei para chegar até aqui
Tu não sabes o que eu me ri para chegar até aqui, as broncas que ouvi para chegar até aqui
Tu não sabes o que eu passei para chegar até aqui
Tu não sabes o que eu curti para chegar até aqui, o que fui humilhado para chegar até aqui
Tu não sabes o que eu passei para chegar até aqui