segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Enganei o Ego

Enganei o ego
Esmaguei a história
Dr. viva a IN-glória
Redigida e mal entendida
Quereis dormida?!
Abriga-te no chão
Tiveste tudo na mão
Desperdício reparas tu
Tarde demais
Para meros mortais
Acaricia as pedras da calçada
São suaves como o veludo
Deliciosas como a seda
Que embebeda
A luxúria
Agora sim a vida é dura
Onde está a dureza
E a virilidade do ser
Quem te der ter
Não era?!
O tempo foi-se
Quereis uma ajuda?!
Dou-te a foice
Essa de certeza te entrega a eternidade
Sem mágoa nem rancor
Ai tens toda a liberdade
Agora vá…
Envenena-te á vontade
Sem estragares de outros a felicidade
Agora sim tens tudo o que querias nas mãos!
Chuta com força
Empurra-te com força
“Esmifrate” com força
Nessa minha cabeça oca…
No entanto
De pouco e de nada
Sempre se vai tendo alguma coisa
Nem que seja sarna para nos coçarmos
Nem isso chega
Quando a comichão é tanta
E as unhas são tão profundas
Para perfurar as veias
Derramadas pelos Contentores
Com narinas aguçadas
Cheirando lixo de enfiada
De garganta seca
E amarga
A língua completamente esturricada
Solta a fumaça amaldiçoada
Pois quando deres por ti
Tens a cabeça repousada
De alma leve e elevada
Com a carne já pesada
Entre a madeira
E alguns metro de cetim branco
Que te cobre sem eira nem beira
Na perspectiva dum retrato em caveira
Culpa tua
Fizeste da vida um torneio
Pois só quem te presta homenagem

É um humilde coveiro…




Assis "Manuel" Branco

1 comentário:

  1. Uffffffff....
    Tenho de ir gravar um piano em condições para isso ...
    mas se uma melodia por mim improvisada deu isso ...
    meu caro amigo ... complementam-se as sintonias ... uma aqui tocada ... outra ai sentida e falada!
    LINDO ....TÁS EM ALTA!
    beijoooooooooooooo

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