segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Tanto Tempo

É que eu passo

Tanto tempo á tua espera

Quem me dera

Que o tem passa-se

Mas se o tempo passa

Fico mais velho na raça

E se for o caso disfarça

Já não tem graça

Não demores tanto tempo

Eu ajudo

Empurro a areia

Da ampulheta

A cerveja preta

Já vai “tando” no fim

E nem sinal ti

Não demores

Já estou a ficar velho

E já nem a tua voz ecoa

Porque o tempo não perdoa

E passa de mais

Posso perder a energia

Do abraço

Que conhecias

Antes de eu pedir

P’ro tempo passar

Não demores já estou a “anhar”

Vem depressa

No regresso

É só isso que eu peço

Já não suporto esta solidão

De dividir o colchão

Com o frio

O recheio da nossa casa

Hoje é o vazio

Que intimida

Na dormida

Agarrado á almofada

Não demores minha fada

Porque só a fotografia

Não sossega a agonia

E eu vou contando

No dia-a-dia

As horas que não passam depressa

Nem as minhas preces apressam

Nem aceleram

O relógio está armado em “cabrão”

Mas já nada é lógico

Nem a tua vinda

Quanto mais o teu regresso…

"Assis Manuel Branco"

2 comentários:

  1. Só faz sentido se for acompanhado com este som...

    http://www.youtube.com/watch?v=7nGKJI73Vqk

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  2. tenho uma coisa para te dizer ...
    No meio de tanta beleza pura do Assis não esqueças a regras dos 3 Eu´s

    ME, MYSELF AND I!!!!!

    N esperes por ninguem para seres feliz ...
    Quem quiser partilhar a tua felicidade certamente que irá estar ao teu lado!
    e ai ... as tuas palavras vão conhecer um novo papel (coração)e a tinta(cabeça) irá desenhar letras jamais desenhadas!
    O papel vai estar em sintonia c a tinta !

    Beijo meu querido Assis ...

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