segunda-feira, 19 de abril de 2010

" Será possivel "

Será possível numa batida compassada a um ritmo certo

Desenvolver num jogo de palavras a construção duma Penopolis Poética

Debitada a uma velocidade também ela compassada

Com um folgo suficientemente controlado

A fim de tudo o que se diz ser decifrável

Enquanto se conjugam verbos em todos os pretéritos

Com edições inéditas ao stock existente

De ideias correntes nas veias de um Poeta de calçada

Que visiona uma harmónica melodia

Capaz de provocar um efeito que contagia

A uma audição estupefacta

Pela novidade de um êxtase inovador

Duma crença desmedida capaz de fazer

O senhor Camões Saramago Ary dos Santos e Pessoa como também a senhora Sofia

Darem voltas no seu descanso eterno com uma euforia tamanha

Capaz de quererem eles também

Ser parte deste épico.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

"Gosto em escrever"

Escrevo por gosto…

Gosto pela escrita

Gosto pela caneta

Gosto pelo papel

…gosto por ti!

"Por ti"

Por Ti!

Guardo em mim esta vontade de ti

Guardo só para mim esta vontade de ti

Defino-a, como desejo quando te vejo

Defino-a, como sentimento quando me lembro

De ti, por ti, em ti e só a ti…

Sonho, por realizar

Sonho por realizar

Duplo sentido que sei que ninguém galou

Sonho de onde não quero acordar

Porque num sonho suponho

A mão que ponho sobre ti

Que transborda um carinho em mim…

…Por Ti!

“AssisManuelBranco”

quinta-feira, 15 de abril de 2010

" O Conhecimento II" (em linha recta)

Eu não sei quem és

Tu não sabes quem eu sou

Eu quero saber quem tu és

E tu…

Queres saber quem sou?!

Um “puto” sentido pelo sentimento que me fez sentir sensações e emoções sem explicações dependentes por vezes penso demasiado em cifrões e na minha cabeça existe ainda muito “se não” por explicar divagar é o “prato do dia” em que cada olhar meu presencia a angústia desta euforia de querer viver cada dia como se não adquirisse um amanha e de manha é difícil despertar pois pôr os dedos dos pés fora do quente da cama faz-mos congelar e assim me deixo ficar a atrasar no fora de tempo que me tornei quando dele necessitei para não me adiar e quando a ele me adiantei para dizer “gosto de ti”...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"Enterrar devaneios e coisas assolapadas"

Enterrar devaneios…

Devaneios e coisas assolapadas têm de ser enterradas para que não me possam acusar de não saber nada do que quero. Mas independente de tudo sempre fui sincero, se o disse foi porque senti, se o fiz foi porque senti, se sorri foi porque senti, se dei foi porque senti que tinha de dar e a mais não era obrigado e voltaria a dizer e a fazer se assim o sentisse.

O primeiro devaneio a ser enterrado é para aquela que hoje me olha de lado. A loira do “qualquer coisa do género” a loira das muitas horas de conversa que era mesmo só conversa, poucas eram as vezes em que a conversa tinha fundamento, poucos eram mesmo esses momentos. Ate mesmo no inicio de travar o conhecimento eu reparei que o aspecto como ela gesticulava a boca e colocava a voz em cada sílaba que dizia era completamente diferente do formato com que ela no dia-a-dia reagia, até eu acabava por dizer só o que ela queria ouvir. No entanto não me arrependo de nada daquilo que fiz mas provavelmente hoje não o voltava a fazer.

O segundo devaneio não pode ser enterrado mas pode ser apaziguado. Esquecido?! Muito dificilmente pois foi vivido muito intensamente, foi sempre olhando em frente e nunca foi medido o perigo que se vivia diariamente quando estávamos frente a frente. Foi no verão quente de 2009 que o verdadeiro M apareceu como desapareceu.

Ultimo devaneio a ser sepultado, digo sepultado para poder dar um ênfase diferente á pessoa que foi, a típica “betinha” que não era betinha que, “nem sei”… “enfeitiço”-me… talvez pela forma como vivia, muito certa e muito louca ao mesmo tempo, tinha um timing perfeito, um pouco marrona é verdade mas era para mim parte duma reabilitação ao mais alto nível.

Perante enterros e funerais, jazigos e sepulturas confesso que a minha cabeça também se sente um pouco mais que aliviada mas provavelmente não adiantará de nada toda esta cerimónia pois se eu continuar só comigo próprio não me importava nada que da primeira á ultima campa uma delas ressuscitasse. Uma mais que outra, mas enfim...

“AssisManuelBranco”

terça-feira, 13 de abril de 2010

“O Conhecimento”

Provavelmente já reparaste que sou um pouco mais ou que tenho um pouco mais que o Q.B de Lunático em mim, e também tenho uma forma de sentir, ouvir e ver diferente do que é normal, não que seja anormal, mas a emotividade e a intensidade com que vivo e que valorizo os momentos dá origem a essa tal diferença ou com um pouco de modéstia, talvez raridade.

E foi isso que aconteceu contigo. A tua “duração” em Castro Verde foi curta, mas foi curta demais para criar em mim, aquele tal frio ou vazio na barriga que caracteriza muitas das vezes um sentimento bom… Puderas tu perguntar a ti mesma qualquer coisa do género como, “…Manel, mas que fiz eu para isso acontecer? …” e poderei eu responder “…muita coisa, Inês…” mas isso seria vago demais e poderia retirar algum valor e brilho aos teus olhos… a tua atitude… á tua conversa e postura… e até mesmo ao contacto, que sem me conheceres de lado algum me puxaste para perto de ti sem qualquer tipo de problema… friso também o bom gosto pela musica e a forma (que sei que houve) como sentiste quando te mostrei aquilo que de melhor sei fazer na vida, a musica e a escrita.

E voltando algumas linhas atrás e reafirmando a parte do contacto, a forma como tu, sem receios nem qualquer tipo de pudor te debruçaste e encostaste a mim. Provavelmente já és assim de natureza e provavelmente estarei eu para aqui a elaborar uma grande tela quando nem pincheis tenho para pintar, mas lá está a minha forma emotiva e intensa de ver e viver os momentos, outrora já chamaram isso de impulsividade descontrolada mas eu não ligo a tais adjectivos e características que outros tendem em caracterizar-me…

Já tu, duraste pouco mas foste longe demais o suficiente para me deixares crente de tudo aquilo a que o lado esquerdo do meu peito sente e a minha escrita não mente.

A isto intitulo de “O Conhecimento”

"Assis Manuel Branco"