segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

"Grande" Reportagem





Não será preciso ir ao outro lado do mundo para compreender certo tipo de reacções destes jovens, o porque de muitas vezes serem agressivos, o porque de muitas vezes precisarem de mais afecto que os outros, o porque de muitas vezes terem resposta para tudo e o porque de muitas vezes não terem resposta para nada. Mas eu precisei de ver esta reportagem para compreender de outra forma o porque de certas e determinadas atitudes. “O comportamento do presente reflecte-se na vivência do passado”, sem dúvida que esta frase hoje (depois desta reportagem) faz cada vez mais sentido e explica o porquê dos “porquê’s”.

Vivendo eu na ART, deste 2007, e de partilhar parte do meu tempo com eles (à excepção do tempo em que passo no meu “mundinho” e que é bastante) provavelmente a partir de hoje irei pensar “duas vezes” de cada vez que os quiser chamar á atenção, seja à horas das refeições, seja à horas das dinâmicas de limpezas de grupo, seja quando fazemos serviço à cozinhas (as tais Equipas) seja naquilo que for. Não quero dizer com isto, que toda a sua vivência no passado sirva de desculpa para todo o tipo de atitude impensável que possam ter, pois a audácia de muitos destes jovem ultrapassa todo o tipo de expectativas que possamos ter e compreender o que lhes passa pela cabeça nem sempre é obvio e muito menos certo.

Há que também, deixar uma palavra de apreço para todos os Monitores, técnicos como também “não técnico” que os acompanham e em particular á Carla Silva e ao Emílio do Ó que assumem sem qualquer tipo de problemas os papeis de Mãe e de Pai destes (desculpem o termo os mais sépticos) “putos”. Poucos instantes depois desta reportagem recebi uma mensagem escrita no telemóvel da minha avó Julieta que dizia – “neto eu ontem já tinha visto os miúdos. Gostei muito de ver. O Sr. Emílio e a Mulher (Carla Silva) são amorosos para todos. Que Deus lhes dê muita saúde e vida. E a todos os que também ajudam. E força para todos vos. Beijos” – lido isto não será demais dizer que esta reportagem tocou/emocionou todos aqueles que a viram e que de certa forma (espero eu) tenha limpo todo o tipo de rotulo/estereotipo que esta sociedade tenha em relação a todos estes jovens, a todas estas turmas PIEF e a todas estas associações.

Mas principalmente a esta Associação “com A grande” no qual tenho orgulho em residir e no qual tenho muito a agradecer.

                                                                                                                           
 
 
                                                                                                                              "Assis Manuel Branco"

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